quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Candidatura “Novo Impulso” à Região Sul da Ordem voltou a reunir mais 200 Engenheiros no Centro de Congressos de Lisboa

38 MIL ENGENHEIROS PROCURAM MUDAR A ORDEM NA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA
MUDANÇA e REINVINDICAÇÃO foram as palavras-chave do encerramento da campanha da candidatura «Novo Impulso», liderada por José Tiago Mendonça (Lista RB), para a Região-Sul da Ordem dos Engenheiros, cuja eleição dos órgãos sociais se realiza na próxima sexta-feira. Num contexto que o candidato a bastonário da lista B, Silveira Ramos define como de carência de uma «liderança clara e reivindicativa», que enfrente «os desafios dos próximos três anos, em que são esperados atropelos à qualidade da engenharia», José Tiago Mendonça defendeu «a necessidade de mudar a relação da Ordem com os engenheiros e dos engenheiros com a Ordem».


«Não há razão para que, na Ordem, nós não possamos discutir as grandes questões nacionais, quer no domínio dos transportes, do mundo rural, da floresta, quer até de naval. (…) A Ordem deve ser o garante da qualidade da engenharia. Quando sair uma portaria com a qual não estamos de acordo, como a 1379 de 30 de Outubro de 2009, no dia seguinte devemos publicar normas de conduta para os engenheiros que permitam demonstrar a sua discordância e regular a qualidade dos actos de engenharia».

Foi referido o exemplo da engenharia florestal, paradigmático da não regulamentação dos actos de engenharia. «Os projectos são feitos por qualquer um, com apenas a quarta classe ou nem isso. Não há termos de responsabilidade, com custos gravosos todos os anos, no Verão, para a floresta nacional», observa José Tiago Mendonça.

Os candidatos defenderam uma Ordem que seja uma chancela de qualidade, rigorosa nos princípios e nos valores, que nivele por cima, apesar de existirem leis que colocam em causa a qualidade da engenharia, como a já citada portaria 1379. «Mais tarde ou mais cedo o mercado passará a exigir qualidade, pelo que a Ordem deve reger os valores que a determinam», afirmou Silveira Ramos. Com o mesmo intuito, José Tiago Mendonça, prevê a celebração de acordos entre a Ordem dos Engenheiros e as empresas, que permitam regular a qualidade dos actos de engenharia.

Mudar a relação da Ordem com os mais jovens foi outro compromisso assumido por ambos os candidatos. «Precisamos que a Ordem seja uma plataforma de emprego, que efective o encontro entre empregadores e candidatos, seus futuros quadros superiores. Precisamos também de organizar cursos de empreendedorismo para os jovens. As universidades formam engenheiros, mas o empreendedorismo e o incentivo à autonomia laboral dos mais jovens podem e devem ter um contributo dos engenheiros com uma carreira consolidada», defende José Tiago Mendonça, que se candidata a um órgão onde estão inscritos mais de 55% dos engenheiros nacionais.

Os candidatos denunciaram que, acompanhando os indícios crescentes de incerteza e instabilidade laboral que começam a existir no domínio da engenharia, passaram a verificar-se alguns casos de aproveitamento pouco ético dos estágios profissionais. Neste contexto, revelaram que, uma vez eleitos, tudo farão para eliminar tais casos, nem que para isso, como disseram, se tenha de fazer publicar uma lista de empresas nessa situação.










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